A PONTE

As palavras de ontem

Entre dentes balbucio:

O onírico das mechas,

O ateliê das luzes,

A carva molhada

Debulhando os dedos da vida.

O trevo surpreso do encontro entre pai e filho

Em seus uniformes multiformes.

Sou passageiro e paramos para descer

Enquanto as rodas desamam.

O músculo estica o osso,

-Paramos para descer!

Se o rio não baixar...

A ponte pode cair...

O capim sopra,

As sementes assoviam.

-Atravessamos a pé sobre a correnteza!

Luís Aseokaynha
Enviado por Luís Aseokaynha em 08/09/2014
Reeditado em 08/09/2014
Código do texto: T4954004
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