A PONTE
As palavras de ontem
Entre dentes balbucio:
O onírico das mechas,
O ateliê das luzes,
A carva molhada
Debulhando os dedos da vida.
O trevo surpreso do encontro entre pai e filho
Em seus uniformes multiformes.
Sou passageiro e paramos para descer
Enquanto as rodas desamam.
O músculo estica o osso,
-Paramos para descer!
Se o rio não baixar...
A ponte pode cair...
O capim sopra,
As sementes assoviam.
-Atravessamos a pé sobre a correnteza!