Pés no Chão
Já não enumero fantasias...
Uma ou outra pipocada ao calor da paixão tardia...
Também não coleciono fantasmas...
Se nada houver no caminho a seguir, enfrento...
Com o vento, todas as ilusões de foram...
Não houve doce para suavizar o amargo deixado...
Não fujo ao fado, nem lamento a sina...
Hei de achar, para o meu poema, a rima...
Ventos a favor para o meu barco, ilhado...
Risos de menina, ainda me embalem...
Que existe no depois, senão a surpresa?
Rasgo essa cortina, verso que me exprima,
seja espelho límpido... Manto que me cubra,
quando a noite densa, o meu céu turvar...