Pés no Chão

Já não enumero fantasias...

Uma ou outra pipocada ao calor da paixão tardia...

Também não coleciono fantasmas...

Se nada houver no caminho a seguir, enfrento...

Com o vento, todas as ilusões de foram...

Não houve doce para suavizar o amargo deixado...

Não fujo ao fado, nem lamento a sina...

Hei de achar, para o meu poema, a rima...

Ventos a favor para o meu barco, ilhado...

Risos de menina, ainda me embalem...

Que existe no depois, senão a surpresa?

Rasgo essa cortina, verso que me exprima,

seja espelho límpido... Manto que me cubra,

quando a noite densa, o meu céu turvar...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 05/09/2014
Código do texto: T4950446
Classificação de conteúdo: seguro