alienação

Descrevo-te sobre flores

Para tentar reviver os antigos valores

Enganados pelos “falsos rumores”

Ofusca-te pelo avanço

Dignidade colocada em algum canto.

Resgatar é a intenção

Saltar sem medo para o medo da escuridão

Assim se perde, perdido está.

Toda força que cantarolava os bem-te-vis

Remoeram-se os grandes pensadores

Pois o artifício hoje compõe amores

Cores sem cor

Flores sem cheiros sem sabor

A dor que resta

Olha-te pela fresta

Em conversas que infecta

Rouba-te todo necta

Alienados por uma tela

Matando a reflexão

Moldando toda ação

Cala-te harpas

Cala-te o violão

Já não se houve a eterna canção

Não se agrega a pura emoção

Pois o progresso nos trouxe a guerra

A guerra nos trouxe o vírus

Esquecemos o que somos

Mataram nossos instintos

guido campos
Enviado por guido campos em 20/05/2007
Reeditado em 24/05/2007
Código do texto: T493726
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