alienação
Descrevo-te sobre flores
Para tentar reviver os antigos valores
Enganados pelos “falsos rumores”
Ofusca-te pelo avanço
Dignidade colocada em algum canto.
Resgatar é a intenção
Saltar sem medo para o medo da escuridão
Assim se perde, perdido está.
Toda força que cantarolava os bem-te-vis
Remoeram-se os grandes pensadores
Pois o artifício hoje compõe amores
Cores sem cor
Flores sem cheiros sem sabor
A dor que resta
Olha-te pela fresta
Em conversas que infecta
Rouba-te todo necta
Alienados por uma tela
Matando a reflexão
Moldando toda ação
Cala-te harpas
Cala-te o violão
Já não se houve a eterna canção
Não se agrega a pura emoção
Pois o progresso nos trouxe a guerra
A guerra nos trouxe o vírus
Esquecemos o que somos
Mataram nossos instintos