Poeira lírica

Qual a parte do infinito

que você ocupa?

Qual é a parte do tropeço

que lhe levou a cair?

Cair no fundo do silêncio

onde as palavras morrem

onde os signos estão

de lutos.

Qual é a parte do desejo

que é mistério?

qual é a parte do prazer

que é dor e cortejo

Qual é a parte do bilhete

que a rima desponta?

E a mensagem geme

Qual é a porta

que abre o que está

eternamente fechado?

Punhos fechados.

Cerro de censura.

Qual é parte

que é o seu todo?

Mas é o átomo

para o universo....

Imerso numa galáxia

leitosa e branca poeirenta.

Qual é a ínfima matéria

que diz tanto e tudo sobre

a combinação genética,

a conjuminação de fatos

históricos ou narrados?

O palpável é e está

disperso e abstraído

de contundências...

é visível apenas aos sentidos

e aos sentimentos

refinados.

No mais,

estamos todos

navegando num

feudo mental

equivocado na

linha do tempo e

do espaço.

Estamos apenas

com uma parte

de um todo ignorado

e talvez nunca será

conhecido.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 20/08/2014
Reeditado em 20/08/2014
Código do texto: T4929517
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