A Anarquia Ordeira
A ordem que respira caoticamente,
Ao sabor das ânsias celestiais,
A anarquia da simples ideia anuente,
No primor belo das cores outonais.
A anarquia do meu arquear inteligível,
Promissórias do meu alheio desencanto,
Que sussurram-me alto o inatendível,
Desobrigado de advir em óbvio espanto.
A anarquia que me percorreu a mente,
Na discórdia de meras linhas obliquas,
Formatadas em pejorativa reflexão sapiente,
Num indelével negativismo sem tréguas.
A caos onde mergulhei a razão,
Esse mito vestido de utopia,
Vagueia ao sabor da monção,
Da casual ilógica entropia.
Lisboa, 26-9-2013