A Anarquia Ordeira

A ordem que respira caoticamente,

Ao sabor das ânsias celestiais,

A anarquia da simples ideia anuente,

No primor belo das cores outonais.

A anarquia do meu arquear inteligível,

Promissórias do meu alheio desencanto,

Que sussurram-me alto o inatendível,

Desobrigado de advir em óbvio espanto.

A anarquia que me percorreu a mente,

Na discórdia de meras linhas obliquas,

Formatadas em pejorativa reflexão sapiente,

Num indelével negativismo sem tréguas.

A caos onde mergulhei a razão,

Esse mito vestido de utopia,

Vagueia ao sabor da monção,

Da casual ilógica entropia.

Lisboa, 26-9-2013

Paulo Gil
Enviado por Paulo Gil em 01/08/2014
Código do texto: T4905563
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.