Visão dum passado poético
Passado recentemente remoto,
n'alma do poeta refletida à foto.
O que é esta vida, perquerida
ao atleta duma luta requerida?
O seu controle é remoto-distante
dito ao silêncio de alto-falante.
Brado dobrado e constante,
vê o amor e a dor irem adiante.
Santa inocência radiante.
Perdido em lúdica poesia,
feitio de nobreza, fantasia,
rege-a com maestria.
Rispidez de cortesia.
Robô, roubando lugar
de bobo-menestrel,
caminha sem par,
ao léu dum bedel
marginal a imaginar
um mavioso lugar.
Odorífico som magistral.
Num extrassensorial laboratório,
se acha o tal, tal qual crematório,
boçal, enxofre perfumado com sal.
Salmodiando um deus, ou amando
o mal, mal-amado; andarilha simplório
sem noção de seu dom colossal,
registrado num verdadeiro cartório.
Assim caminha o poeta amando,
a mando de seu dom natural.
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