Visão dum passado poético

Passado recentemente remoto,

n'alma do poeta refletida à foto.

O que é esta vida, perquerida

ao atleta duma luta requerida?

O seu controle é remoto-distante

dito ao silêncio de alto-falante.

Brado dobrado e constante,

vê o amor e a dor irem adiante.

Santa inocência radiante.

Perdido em lúdica poesia,

feitio de nobreza, fantasia,

rege-a com maestria.

Rispidez de cortesia.

Robô, roubando lugar

de bobo-menestrel,

caminha sem par,

ao léu dum bedel

marginal a imaginar

um mavioso lugar.

Odorífico som magistral.

Num extrassensorial laboratório,

se acha o tal, tal qual crematório,

boçal, enxofre perfumado com sal.

Salmodiando um deus, ou amando

o mal, mal-amado; andarilha simplório

sem noção de seu dom colossal,

registrado num verdadeiro cartório.

Assim caminha o poeta amando,

a mando de seu dom natural.

http://pactofeito.blogspot.com.br

jbcampos
Enviado por jbcampos em 25/07/2014
Código do texto: T4896015
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