A um passo do silencio
somos vultos decrescendo
em horizontes sem braços.
distância que o tempo se esgueira
pra ver quem será o primeiro
a sumir sem lembranças...
somos ecos
do primeiro grito de guerra,
que nos deixou vestidos
de palavras tenazes,
sendo engolidos pelo vácuo
do esquecimento
receio chegar o dia
que passar o vento
rimpando silêncio,
sem que haja inversos
de nós para cobrir o frio
da nudez.