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A um passo do silencio



somos vultos decrescendo
em horizontes sem braços.
distância que o tempo se esgueira
pra ver quem será o primeiro
a sumir sem lembranças...

somos ecos
do primeiro grito de guerra,
que nos deixou vestidos
de palavras tenazes,
sendo engolidos pelo vácuo
do esquecimento

receio chegar o dia
que passar o vento
rimpando silêncio,
sem que haja inversos
de nós para cobrir o frio
da nudez.
MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 23/07/2014
Código do texto: T4893242
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