TURVO E ARDO
Você me tarda demais,
você não me vê a nada mais,
em teu sentido sou acaso,
em teu delito sou atraso,
e descansas em teu canto
e devastas a minha mente.
Que fantasio ao teu encontro,
especular é iminente.
No que você fala sou ouvinte,
e o que vem de baixo não me atinge.
Tu me dizes, eu interfiro,
até quando vou aceitar,
que você nunca irá me amar.
E como quanto me ardo,
eu preciso de um refresco,
um único jeito,
que quase tanto espreito,
se abre uma discórdia.
Que quanto mais te apareço,
ainda mais te agradeço,
e nem tudo que se lembre,
é o meu mundo em tua venda.