Trocas
Me perguntam quem sou eu
Logo a mim, o velho Corvo ?
Mas, pensando bem, por um instante
Eu não saberia responder
Serei eu o antigo alado,
que na terra dos passantes morava?
Ou o menestrel que forma a canção
que por Apolo foi tocada?
Talvez, do norte seja eu o trapaceiro?
Pai do lobo e da serpente, movedor do moinho
Com alguma razão talvez tenha sido
Um aprendiz tanto de Dante e Virgilio
E até mesmo um vigilante
Que aguarda o retorno do exílio
De uma prisão andante e uma mente pedante
Mas de coração sempre falante
Todos eu um dia fui
Todos, quem sabe eu possa ainda ser
Mas o maior mistério é:
Quem é você?