Frustrações de Frida
Eu quero sentir até onde você pode chegar
Minha ansiedade clama por sua disposição
E meus olhos prontos estão a cegar
Tantos anos de peregrinação
E meus ossos não querem descansar
Somente seu desejo é a praia onde quero aportar
Fui senhor de todos os títulos
Minhas memórias, mausoléu de tantos prostíbulos
E hoje venho como a tormenta a abalar seus sentidos
Sorvendo em êxtase a vida a escorrer em seu suor
Rindo dos puritanos a fugir da tentação,
Deusa que me estende o cálice no furor da satisfação
Vomitando frustrações de Frida
Num cortante grito contra a noite
Na busca pela conquista da vida
Na escuridão, uma verdade que contém o choro
Calando os cordeiros num abate que comove o matadouro
Abrindo os portões da razão num só canto, num só coro!