INSACIEDADE
Que a noite em mim se consuma
Para que eu acorde teu amanhecer
Trilhando o caminho do fantástico
Nunca subestimando o que seja irreal
Desejando teus seios receios e anseios
Sentir-te até que perca todos os sentidos
Para que assim possa desnudar tua nudez
E quando perceber-te em impetuoso cio
Penetrarei destemidamente o teu covil
Perdendo-me na inércia enérgica do tempo
E assim tudo em si tornar-se-á atemporal
Quando poderemos reinventar o já inventado
Solidificando em nós tudo que nos seja insólito
Degustando famintamente por si nosso sensorial
No ímpeto da instigante e prazerosa insaciedade
Que é quando as luzes de teus olhos inundam o meu olhar
E minha fome de ti torna-se antropofagicamente latente
Tornado teu corpo meu alimento meu prazer e minha morada
Pelo insaciável furor de nossos mais ancestrais instintos
Na quintessência do supra-sumo de nossa licenciosidade
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