Nos (im)pulsos da palavra
há um lençol azul balançando
na tarde branca por aonde
se vão as palavras
comendo nacos sem formas no caminho.
deixam rastos branquicentos a se fazerem linhas...
não, não são nuvens.
sequer é ilusão.
sou eu
engolida pelo verbo,
como o destino é consumido pelo tempo.
pretende-me ser movimento...
quem sabe um vulto pululando no vento
ou ponto d’onde nasça um seguimento
dando rumo à influência traçar-me corpo,
quem sabe um rabisco tosco
d’onde a poesia possa emergir