Nos (im)pulsos da palavra

há um lençol azul balançando

na tarde branca por aonde

se vão as palavras

comendo nacos sem formas no caminho.

deixam rastos branquicentos a se fazerem linhas...

não, não são nuvens.

sequer é ilusão.

sou eu

engolida pelo verbo,

como o destino é consumido pelo tempo.

pretende-me ser movimento...

quem sabe um vulto pululando no vento

ou ponto d’onde nasça um seguimento

dando rumo à influência traçar-me corpo,

quem sabe um rabisco tosco

d’onde a poesia possa emergir

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 15/07/2014
Reeditado em 20/07/2014
Código do texto: T4882757
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