O Divino e o Maldito

O Divino e o Maldito

Então, venda os meus sonhos!

Pois estou ardendo em chamas.

Eu abraso como uma divindade,

Iludindo a mais vasta sabedoria.

E eu vagueio por entre homens,

Este é um lugar que traz pavor.

O entendimento que causa dor,

A pele humana que desconheço.

Sim, eu pairo nas extremidades,

Suportando-me na invisibilidade.

Vejo minha natureza imaculável

Na presença de tal maledicência.

Como me posso atrair pelo mal?

Se óleo e água não se misturam.

Singelo, permeias minha mente.

Ingênuo sou e permaneço puro.

Condenastes tu, tua destinação?

Quão desolado é o teu espírito.

Não conseguirias me afugentar!

Agora que estou mais próximo.

Alcanço-te e então desapareces,

A presença permanece a mesma.

De onde emitires qualquer som,

Eu estarei apenas um passo atrás.

Seria uma virtude, ou condenação?

Tenho estado cego ou enfeitiçado?

Acima de nós apenas o firmamento,

E eis a escada que o livra da maldição.

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 12/07/2014
Código do texto: T4878912
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