O Divino e o Maldito
O Divino e o Maldito
Então, venda os meus sonhos!
Pois estou ardendo em chamas.
Eu abraso como uma divindade,
Iludindo a mais vasta sabedoria.
E eu vagueio por entre homens,
Este é um lugar que traz pavor.
O entendimento que causa dor,
A pele humana que desconheço.
Sim, eu pairo nas extremidades,
Suportando-me na invisibilidade.
Vejo minha natureza imaculável
Na presença de tal maledicência.
Como me posso atrair pelo mal?
Se óleo e água não se misturam.
Singelo, permeias minha mente.
Ingênuo sou e permaneço puro.
Condenastes tu, tua destinação?
Quão desolado é o teu espírito.
Não conseguirias me afugentar!
Agora que estou mais próximo.
Alcanço-te e então desapareces,
A presença permanece a mesma.
De onde emitires qualquer som,
Eu estarei apenas um passo atrás.
Seria uma virtude, ou condenação?
Tenho estado cego ou enfeitiçado?
Acima de nós apenas o firmamento,
E eis a escada que o livra da maldição.
Victor Cartier