Travessia

Eu habito o outro lado da fronteira

Eu ouço os anseios de sua inocência

Barrados pelos portões do pecado

Às vezes tenho temores estranhos

Enquanto a luz oferece-me grilhões

Nas sombras, meus pensamentos abraçam a liberdade

Visão limitada

Olhos entorpecidos

Cérebros consumidos pelo salitre, mergulhados em séculos de farsa!

Vejam, ó minhas horríveis amantes

Um espírito das trevas a deleitar-se

No domínio de um coração de pureza...

Isaque
Enviado por Isaque em 13/05/2007
Reeditado em 15/05/2007
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