Travessia
Eu habito o outro lado da fronteira
Eu ouço os anseios de sua inocência
Barrados pelos portões do pecado
Às vezes tenho temores estranhos
Enquanto a luz oferece-me grilhões
Nas sombras, meus pensamentos abraçam a liberdade
Visão limitada
Olhos entorpecidos
Cérebros consumidos pelo salitre, mergulhados em séculos de farsa!
Vejam, ó minhas horríveis amantes
Um espírito das trevas a deleitar-se
No domínio de um coração de pureza...