Resguardo na Madrugada
O peso parecia pressionar as costas. O mundo num músculo, juro. Débil debilitação não fosse a conduta, pois enquanto força, ela escraviza a nuca.
-Não! Já disse que não! Não olharei para trás. Fiz juras sobre a lágrima que passado o tempo petrificou. Notei os respingos em gelo. Prometi a mim; - Não teria o mesmo fim!
Sempre haverá uma ou tantas outras portas
A luz piscava, azul florescente como a de um bordel cheia de efeitos, a seta apontava: “Saída”
Devo parir
Parir,
Novos roteiros desconexos, que na dialética num raciocínio perfeito é tido como sem jeito.
Parir,
Uma nova forma de busca de mim, ciente que a dúvida persistirá até o fim.
Parir por prazer em parir, novos conceitos, que do velho emaranhou-se em mofas teias
Parir...
E do que era oco, sem osso, delirar com a placenta visionária, agora ensanguentada
Enfim, manca, muda. Devorada pelo verbo alivio (...) parir.
Pari, vejam!
Rasgada foi a carne, que vezes arremete a fera, doida esfera. Outras, muitas vezes, entope a veia lasciva implodindo o cérebro.