Câncer mental
I
Incólume verdeja
A bromélia convulsiva
Da minha dor derradeira.
Cantilena autótrofa,
Escorre viscosa
Dos sulcos craniais...
E encontra teleologia
Na superveniente sangria
Entre a carne voltaica e a anima helenística.
II
Perdoe. São trajetos neurais algures,
Dejetos pintados em paisagem distante.
Uma centelha perdida
Na hipotética teia quântica.
Um espéculo, um legado anencefalo.
Sondas orbitais violam
Entumecidas meu lóbulo ociptal.
III
Ah, qual revertério final!
Cabal retorno bucólico e fibroso,
Elétrico, convulso e saudoso,
Misturando tempos verbais.
IV
O último produto deste átrio fecal.