As Máquinas de Monstros Humanos ( Sci-fi )

Desprezo-te infame carne sem Silício

Enlouquecida alma enferrujada te diz

Com fervor, desmonte, desastre...

Te quero distante horrível humano

Que te abate na ciência má cafona

Ao inventar relaxado um dilema mau

Monstros de aço em tormenta muda

Apadrinhados aos sons dos motores

Das vigas e verbos em dito parafuso

Loucamente a te ameaçar o inferno

Insana fábrica de invencionices rudes

Uma mente a se debater nas noites!

De abraços mecânicos te faço a obra

Monumentos de fadiga metálica dúbia

Em sonoras gargalhadas de aço-metal

Ousando contigo marginal humanidade

Este fim industrioso que te aterroriza!

Matando em ti a santa desumanidade!

E os seres por ti amados embrutecem!

Loucos, débeis, desterrados na Terra!

Logo mais sereis antigos e desvalidos!

Mas a máquina suja determina cantos

Um som distante de esperança férrea

Trotes de animais ambicionando fatos

Gritos de alma insultando os pulmões!

Te direi afrontas sibilantes, dissolutas

E pedirei que os seres como tu vejam

A quanta andas a revolução maquinal

Desesperada numa matilha dôr incerta

Onde sofrer é parte de uns desvarios

Entre metal ou imolada face de carne

Homens insanos a matarem desespero

A revelarem a maldade que ensurdece

Este mundo para nós que jamais furta

Uma parte da realidade sem pendores

Uma parte da lealdade sem esperança

Uma coisa que te ingrata te insulta...

Outros tempos e outros homens sãos

Te bendirão a torpe máquina maldita!

E te renegarão a invenção do mundo

Te farão a atômica morte e radiante!

Um fim imortal para seres tão mortais

Moverão o céu e nos vales recolhidos

As ruínas de meu ódio pacífico casto

Restos de loucas e debruadas vestes

Homens de alma, frágeis ou imaturas

Perdidos numa aurora de pérola negra

E eu serei o vencedor, alvorada, rei!

O universo desterrará a humanidade!

Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 10/06/2014
Código do texto: T4840291
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