DESERÇÃO

Ternura advém dos mares serenos,

Onde mora a solidez das rochas,

Onde durmo o sono inquieto do menino desperto que fui...

Homem; eu sou um estranho passageiro;

Tripulante do barco da vida

Transporto o carregado dos conhecimentos,

Inúteis conhecimentos,

Que de mim não aparta a ignorância do bruto obscuro

Desertor das certezas.

Vaga a rocha, logo outra ocupa o coração.

Poesia é tormento sem fundamento algum...

Desta, impostora eu nada sei!

Do menino que ainda vive escondido na memoria que eu sou.

Guardo sutil passado de flores secas e saudades livrescas

Ainda o mar, ainda um olhar,

Ainda a verde esperança, ainda um menino.

Ainda a poesia.

Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 10/06/2014
Código do texto: T4839625
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