Passageiro

Sou passageiro de um trem, um trem cheio de janelas, de um lado eu vejo o mal, do outro o bem.

Esse trem tem assentos de borracha e o chão de azulejo, azul pra combinar com o céu, o teto é de vidro, e as janelas são de mármore da cor de mel

Tem ruas e bosques, e anjos a bordo, ele atravessa as nuvens, ao encontro das estrelas, ele passa oceanos em busca de sereias

Mas em meio à multidão ele some, e no cair do crepúsculo reaparece

E como magia, estou mais uma vez a bordo, onde posso ir a qualquer lugar, visitar qualquer momento, mergulhar nas lembranças e viajar em pensamentos

Não existe espaço ou tempo em que eu não possa estar

Sou o vento a assoprar, o Sol a iluminar, sou a agua a transbordar

Sou o fogo na escuridão, sou a voz da multidão

Sou o centro do meu mundo, sou o labirinto dos vagabundos

E nessa viagem que a cada nascer do sol chega ao fim e recomeça a cada dia

Onde eu preciso viajar, embarcar nessa onda de sonhos, que me liberta deste mundo que insiste em me aprisionar.

Luis Otavio Jr
Enviado por Luis Otavio Jr em 09/06/2014
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