ESPELHO DA ALMA

Divino dilúculo de ilusões, fulgentes,

Treva oculta e descalça do passado,

Vem despejar seu manto puríssimo

Do brilho que rutila do que é sagrado...

Distantes das tétricas noites sepulcrais

Quiçá pudera eu andar entre as quimeras

Adentro ao nimbo das flores primaverais

Que sejas todo azul, das belas madrugadas...

Então quando dobrar a última canção,

E o ocaso emudecendo a passarada

Será névoa sombria, em tarde ofuscada

desolando mais o dia, em tarde desalmada...

Talvez quem saiba morrer então feliz,

Vendo o que se fez turvo o meu sonhar,

E o Céu estrelado,seja encanto de permitir

minha vida em movimento, para me achar...

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 24/05/2014
Reeditado em 24/05/2014
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