ESPELHO DA ALMA
Divino dilúculo de ilusões, fulgentes,
Treva oculta e descalça do passado,
Vem despejar seu manto puríssimo
Do brilho que rutila do que é sagrado...
Distantes das tétricas noites sepulcrais
Quiçá pudera eu andar entre as quimeras
Adentro ao nimbo das flores primaverais
Que sejas todo azul, das belas madrugadas...
Então quando dobrar a última canção,
E o ocaso emudecendo a passarada
Será névoa sombria, em tarde ofuscada
desolando mais o dia, em tarde desalmada...
Talvez quem saiba morrer então feliz,
Vendo o que se fez turvo o meu sonhar,
E o Céu estrelado,seja encanto de permitir
minha vida em movimento, para me achar...