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VESTIDA DE AZUL
Ysolda Cabral


De azul do dia me visto com esmero,
cobrindo toda a nudez do desespero.
Sorrio à Vida, sem mágoa ou receio
de  ser para ela apenas um meio...
 
De azul do Mar me banho, me benzo e rezo.
A brisa não me enxuga ... Orvalhada, peco.
Desfruto do prazer e perdão eu peço,
sentindo tristeza de ser  só, não nego.
 
A noite chega  de mansinho...
Chega do canto dos passarinhos!
Nada mais sonho, quero... Só peço
para parar de morrer aos pouquinhos.

De azul do dia me visto com esmero...
Nada espero! 

Praia de Candeias-PE
Em devaneios poéticos
Porque hoje é sábado
17.05.2014