NUVENS DE ALGODÃO

Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão

Mas o tio Mário me garantiu que eram de neve

E algumas eram feitas até de algodão doce

Acreditei no tio Mário

Fechei os olhos, provei e gostei

As nuvens se derreteram no céu da minha boca

Num domingo de céu azul claro outonal

Nuvens alvas feito neves se juntaram

E se desenhou uma flor e neste instante

O Sol morno brilhante osculou meu rosto

E as nuvens de neve que ficaram no céu

Se emocionaram e precipitaram derreteram

Em chuva fina ainda com a presença do astro rei

Gostei do algodão doce, do sol, da chuva e da neve

Gostei do sonho que o tio Mário me ofereceu

Não quero mais abrir os olhos

Agora só com o doce beijo do meu amor.

Jô Pessanha
Enviado por Jô Pessanha em 16/05/2014
Código do texto: T4808908
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