O presente como ele sabe “ser”
Enquanto busco respostas imagino perguntas sem sentidos
Para justificar minha presença diante dos acontecimentos
Jogo fora sem penar um passado que não me pertencia
Quero estar lá, preciso chegar logo ali, necessito partir
Preciso me provocar para poder dizer o que penso sem medida
Quero me ouvir, mas há uma voz que me cala sempre que tento
Escrava das incertezas não sou sutil e nem princesa, sou “uma”
Invariavelmente alguém que ninguém espera na beira do caminho
Vou seguindo e contando quantas pedras ainda faltam pra chegar
Sou sem beira nem eira, nem trato ou maneira, beiral em ninho
Muitas vezes aqui sozinha penso e sinto falta de escutar
Não me interessa o tempo que vai levar, não quero saber o fim
Só quero fazer parte da história, de alguém, de um lugar.