COSTURA
Na linha do tempo coseu sua roupa
De veneno o dedal encheu até a boca
Tanto que usou lhe feriu a agulha
Deu um nó na vida sem desembaraçar
Vento forte na vela da popa
Tecido era podre não pode aguentar
Ancorado perdido num cais qualquer
Salvou pouca coisa ao desembarcar
Nem linha, dedal ou agulha para se remendar