DESTINO
O destino é um oceano
De conchas abertas e fechadas
Por onde navegam as almas
Que já nascem naufragadas.
Não há remos para os barcos,
São as ondas que os levam.
À deriva, eles flutuam
E ao destino se entregam.
Sopram os ventos tão frios
Maremotos, calmarias...
E o porto é sempre o mesmo:
O fundo azul do oceano
Onde dormem os navios.