CASA ESTRANHA
Naquela casa, um mar
de palavras sem voz...
Um calor frio em brasas...
Naquela casa, a realidade
estava espetada nas paredes
como fraturas expostas...
O amor jogado para
os lados, como cama desfeita...
aquele homem sorria
sem lábios,
aquela mulher chorava
sem olhos...
Nada ali era
sinceramente real... e só
um coração surreal
sabia... e eu estava
lá estranhamente... presente:
casa poética..!