PELOS SILÊNCIOS (*)
Paisagem serena
acompanho pelos silêncios.
Eu penso e penso e penso.
Meus crepúsculos são densos
de mensagens estranhas.
Luzes que em meus olhos repousam
são de flores, sonhos, dores e gozos.
Mistérios profundos
fora e dentro de mim
se emaranham
e eu não compreendo
o inverídico mundo.
Os deuses das chuvas
me falam de lá e de cá.
Com suas vozes também assustadas
não explicam nada.
Mas eu sei dessa luz...
Eu sei onde está...
Aqui, no balé das minhas mãos
escrevendo estrelas azuis
num poema do coração.
E lá... nas paixões mais humanas
vertendo sobre as janelas abertas
sedas e flores nas desordens
das camas.
Mas, às vezes, quando um silêncio
de desterro me assola,
meu belo lenço de Marília
em todos esses espinhos
se rasga, se esfola.
(*) republicação
Paisagem serena
acompanho pelos silêncios.
Eu penso e penso e penso.
Meus crepúsculos são densos
de mensagens estranhas.
Luzes que em meus olhos repousam
são de flores, sonhos, dores e gozos.
Mistérios profundos
fora e dentro de mim
se emaranham
e eu não compreendo
o inverídico mundo.
Os deuses das chuvas
me falam de lá e de cá.
Com suas vozes também assustadas
não explicam nada.
Mas eu sei dessa luz...
Eu sei onde está...
Aqui, no balé das minhas mãos
escrevendo estrelas azuis
num poema do coração.
E lá... nas paixões mais humanas
vertendo sobre as janelas abertas
sedas e flores nas desordens
das camas.
Mas, às vezes, quando um silêncio
de desterro me assola,
meu belo lenço de Marília
em todos esses espinhos
se rasga, se esfola.
(*) republicação