JOGO VICIADO

Nasceu o dia,

A manhã perde-se na tarde,

A tarde acaba por se diluir na noite,

Dos ruídos e tumultos do dia,

Passa-se ao silêncio negro da noite,

Em que a lua é nova e não se mostra,

Porque é virgem e se resguarda.

Não quer a lua ser cúmplice dos amantes,

Que se envolvem durante a noite,

Em jogos de carne e prazer,

Como num tabuleiro de xadrez,

Deslocam suas pedras, seus trunfos,

E fazem xeque-mate,

Não querem perder o jogo.

Chegam a meter nojo,

Por arriscarem jogadas,

Demasiado viciadas.

Ruy Serrano - 07.04.2014, as 21:00 H

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 07/04/2014
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