Mundo Perdido
Por que não posso subir tuas escadas?
Quando escalarei tuas cascatas?
Como compreender essa distância,
Que existe em meu eu, envolto de ânsia?
Teus sigilos são ignóbeis aos sofistas
Alguém compreende teus códigos do além?
Além da humanidade estás, pois és ela.
És o bastardo da arte, incompreendida dos artistas.
Porque tua garganta nos envolve...
Nos envolve com tua voz –
Natureza de ato atroz –
Com meu corpo coage, e coração meu comove.
Mundo perdido da minha ignorância
O que há além de mim em ti?
Não tenho de mim o além em si –
Lânguida força imóvel de minha instância.
Sei que poderei perguntar o que há além
De tua nobre parede (Nela me repudias!)
(Prendes meu Moisés em alparcas frias),
Para ouvir mais de você.
Avidyã absoluto, não escutei a metafísica?
Não li sobre o deus de Nietzsche?
Não perscrutei do Budismo, a esquisitice?
E na subjetividade simbolista não fiz Física?
Mas não sou teu.
Mas não sou teu?
E não te terei.
Em tenra simplicidade reconhe (ço), (cerei)
Que és ainda para mim
Limite inaudível sem fim.
Só te peço que não deixes de gritar
Além da minha ignorância, um mar.
Fale em mim, de mim, para mim
Sobre meu consciente,
Entre meu subconsciente,
Das trevas do meu Inconsciente.
Mundo perdido de mim
Não se perdestes em mim?
Então, te aches e me fales.
E em teus braços irei dormir.