De Tudo, Meu Refugio É Sorvete

I

Ele se aproximava

Acenei com um sorriso

achei que tinha me visto,

mas não era em minha direção que vinha vindo

e como o cais de um Porto vazio

fiquei a ver navios...

II

E depois disso,

Não interessa com quantos eu fale

não há quem cale

o coração

E quem tire dele

a insistência de encontrar quem o queira

com a mesma persistência

e na mesma proporção

III

Pensa saber o que sinto,

mas você próprio sente muito menos que isso

IV

Ai, quero quem me ame como me amo

e me amo em absoluto,

por isso conseguiria te amar em tudo

te completar com as sobras do auto-amor flagelado que sinto,

mas ir tão a fundo

acho que você não conseguiria

V

Mas tem que comer muito feijão

ou muita decepção

pra me compreender, ainda

Ah, leva na brincadeira

VI

Não, comer feijão, não

Você é o feijão

no pote que eu esperava ter sorvete

meu refugio nas segundas-feiras...

SkyFolks
Enviado por SkyFolks em 01/04/2014
Reeditado em 05/04/2014
Código do texto: T4752624
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