Inspiração Indecifrável

Poesia criada por Maik Santana e Nandaspy

Pensamentos soltos

Há um vácuo em minha memória

Falhas e interrupções

Já não consigo mais expressar a minha emoção

Fora as sensações que levaram

Embora a minha inspiração

Como o vento a porta fora o sentimento

O amor foi embora

A solidão assola-me

Sem definição é a minha falta de inspiração

Não tem cenário

Nenhuma ligação

Que me faça jorrar, paralelamente essa cumplicidade

Que fere o peito e afasta a gente

E remove as sensações da nossa mente

Estou parada, inerte

Preciso de algo

Ou de alguém

Que me tire da inércia

Que me faça surgir um caminho

Que me liberte da dor

Da angustia de viver sozinho

Preso no escuro deste quarto

Escasso de ideias

Mente vazia

Coração opaco

Meia dúzia de palavras escondidas sem formação

Preciso de uma solução

Quero colocar para fora a minha inspiração

Cartaz, porta retratos, lembranças,

Lágrimas, papeis picados,

Não quero reviver o passado

Procuro descrever o futuro, mas não sei

Procuro viver o presente, mas não vivo

Apenas lembro o passado

Lamento o que passou

E as marcas que ficaram

A ilusão cansa

As forças somem

O grito cala e os olhos fecham-se

Durante a madrugada

A insônia alastra-se

Os sonhos viram pesadelos

A realidade acorda o sub consciente

Já não estou mais consciente

Mergulhei no abismo

Profundo desencontro

Críticas análises

Momentos e acontecimentos nunca vistos

Essa compatibilidade

Não sei mais o que dizer

Nem o que fazer

Quero me libertar do eu

E mergulhar no outro

Ser composto doce, que me traga vibrações

Que não me tire o foco

Sem conspiração

Espreme a matéria-prima

Não tem continuação

Perdi a linha de raciocínio

Estou com ausência de inspiração

Vamos sair para ouvir histórias novas

Caminhar esperando encontrar experiências

Que nos faça fugir da rotina

Que mude o nosso destino

Sem censuras

Sem limitações

Libertar-se para fora

O som da boca amordaçada

A voz capaz de mover, toca o semblante através do ouvido.

Viajar além do infinito

Pode cantar, sentir as ondas do mar

Se encantar...

Damos vida ao mundo das manifestações

Livre dos questionamentos

E amarrotado pelo tempo

Sufocado de tristeza

Sufocado por falta de tempo

Estamos a todo tempo em um tormento

Rendo-me

O mundo fez-me refém inconscientemente desse sofrimento

Sou vítima dos meus pensamentos

Repaginados

Chega

Da verdade, ou da mentira

Esse faz de conta

Traz nos lábios um sorriso

Um olhar seguro

Apenas descanso

Pra vigorar as poesias

O que faço agora

Estou de mãos vazias

Agora é verdade tenho que abandonar o barco

Vem comigo ser livre, der-me a sua mão

Segure firme

Voe ao mais alto possível

Jogue-se e esqueça

Da sua falta de inspiração.

Fernanda Fauber e Maik Santana
Enviado por Fernanda Fauber em 31/03/2014
Reeditado em 31/03/2014
Código do texto: T4751582
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