No embaraço da ilusão

Na clausura de minha prisão

Questiono, dos fatos, a verdade

Será, o que vejo, realidade

ou cegueira por travessuras da ilusão?

Talvez o que me chegue às vistas

Seja por certo o avesso

Nas mãos, o trunfo de uma conquista

Por vaidade, distante de ser apreço.

Nos porões escuros da vida

recuso-me a permanecer.

Da outra parte, tais passos incertos

impedem-me, os pés, de mover.

Do tempo, espero a solução

De quem amo, compreensão.

Um dia se vai tal receio insistente

de estar embarcando em nova ilusão.

Há uma verdade explícita

que nada diminui ou esvai

O que sinto é real e inquestionável

sentimento que não se mata, não se vai.

Sorvo, da ilusão, sua essência

e guardo seu extrato bem trancado

Amo, é certo, com ardência

lutar é tarefa vã, quase um pecado.

Gin C
Enviado por Gin C em 24/03/2014
Código do texto: T4742188
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