Este poema eu escrevi há alguns anos, foi durante uma visita a um museu, em Paris, onde algumas telas de Claude Monet estão expostas. Pra ser verdadeira, não gosto muito de cenas marinhas, elas me dão a impressão de prisão. Talvez por isso nasceu o texto "MAR DE MONET", agora traduzido para o italiano, pelo professor  Corrado Cuccuro, do Liceu Paolo Sarpi, de Bergamo, Itália.
 


IL MARE DI MONET


Sono come il mare di Monet, così piccino!
Calmo o violento, 
Non vado oltre i faraglioni,
Al di là dell’orizzonte. 
Mani invisibili mi afferrano.
La libertà è un sogno serrato da montagne,
Barche o persone che non mi lasciano volare. 
Sono come il gabbiano in estasi,
La barca dipinta sulle tele, 
O il Sole che mai tramonta. 
Il mio grido è soffocato
Dall’eterno silenzio d’olio,
Sono forse una delle vele
Di quelle tele sue, 
Ma la vela uscire vuole, 
Vagare attorno, 
Navigare tra alte onde 
Che mi trasportino fino al cielo, 
Voglio cogliere stelle cadenti
Per farne un gioiello
E offrirlo in dono al vento
Che viene a soffiarmi baci. 


(tradução do Prof. Corrado Cuccoro) 







O MAR DE MONET (meu texto original)


Sou como o mar de Monet, tão pequeno! 
Calmo ou violento, 
Não vou além dos rochedos, 
Além do horizonte. 
Mãos invisíveis prendem-me. 
A liberdade é um sonho cercado por montanhas, 
barcos ou pessoas que não me deixam voar. 
Sou como a gaivota estática, 
o barco pintado em suas telas, 
ou o Sol que nunca se põe. 
O meu grito é sufocado 
pelo eterno silêncio do óleo, 
Sou talvez uma das velas 
dessas suas telas, 
mas a vela quer sair, 
andar por aí, 
navegar por altas ondas 
que me transportem ao céu, 
quero colher estrelas cadentes 
para uma jóia fazer 
e dar de presente ao vento 
que o meu rosto vem lamber. 


(Hull de La Fuente)