perambula

*

persistente em não dormir, coço o corpo até sangrar, procurando carne.

minha carcaça sonolenta perambula por meus porões mais baixos.

com o espírito esmorecido, agarro-me a qualquer memória

q me arranque do labirinto q já nem tenho forças para escapar.

minhas trancas são frias e firmes. as correntes, lembro eu mesmo ter feito.

choro agarrado a elas — são tudo q fiz com sucesso.

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geovanne otavio ursulino
Enviado por geovanne otavio ursulino em 25/02/2014
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