perambula
*
persistente em não dormir, coço o corpo até sangrar, procurando carne.
minha carcaça sonolenta perambula por meus porões mais baixos.
com o espírito esmorecido, agarro-me a qualquer memória
q me arranque do labirinto q já nem tenho forças para escapar.
minhas trancas são frias e firmes. as correntes, lembro eu mesmo ter feito.
choro agarrado a elas — são tudo q fiz com sucesso.
*