Onze Meias-Noites - Décima Primeira Meia-Noite

Décima Primeira Meia-Noite

20 de julho de 2006

00:42h

Quase na Mãe Madrugada

Preparo-me para estar

Com os meus amigos

Do Vale Dos Poetas Perdidos.

Contigo,

Byron,

Bebo o etéreo vinho da solidão.

Contigo,

Florbela,

Como o etéreo bolo da dor.

Contigo,

Mãe Meia-Noite,

Dou meu rugido de leão a adoecer.

Meia-Noite,

Décima Primeira Meia-Noite,

Nasço em uma Meia-Noite!

Carrascos chegam,

Carrascos vão,

Osbolos hoje aqui comigo

É o meu terno irmão

A contar-me sua solidão,

A contar-me sua dor,

A contar-me o seu adormecer.

Contar-me.

Contar-me!

Contar-me...

Contar-me?

Não,

Osbolos,

Não lhe ouvirei agora.

Pelas Meias-Noites

Vós me tirastes

As companhias dos meus

Amigos.

Pelas Meias-Noites

Vós obedecestes à

Mãe Madrugada

Levando a todos os meus

Amigos.

Ouvi-lo?

Ouvi-lo!

Ouvi-lo.

Ouvi-lo...

Meus ouvidos feridos...

Feridos para ti,

Osbolos...

Meus ouvidos saudáveis.

Saudáveis

Ouvindo

O

Cantar

De

Byron.

Vá para uma taberna

Em qualquer Vale,

Osbolos.

Não quero ouvi-lo.

Não quero contigo falar.

Meia-Noite,

Calai-me,

Acudi-me,

Calai-me,

Calai-me,

Calai-me...

Calai-me,

Mãe Meia-Noite.

Calai-me!

Calai-me.

Calai-me...

Calai-me?

Sim,

Por

Favor

Calai-me.

Em Ti,

Calai-me.

Em mim,

Calai-me.

Calai-me nos versos.

Calo-me,

Osbolos.

Cale-se,

Osbolos.

Consola-te com

Outro poeta

Ou

Outra poetisa.

Quero ouvir

Quero apenas ouvir

O cantar de Byron.

O cantar de Byron.

O cantar de Byron.

O cantar de Byron.

Tal cantar,

Osbolos,

É a minha vitória.

Chore

Cantando

Na

Mãe Madrugada

Osbolos.

01:02 h