MONALISA

Não persigo mais pegadas

Palavras, rezas, procissões

Mas ainda visto trajes ingênuos

Vestes comportadas de Monalisa

Cavalgo estradas vermelhas

Mãos firmes em loiras clinas!

À noite um fantasma sinistro

Vencendo os abismos do espelho

Na manhã derramando auroras

Fingindo que aceita concelhos!

Mas como ser uma nova cor

A perpetuar o arco-iris?

Quem sabe comover o infinito

Com o lamento de um violino...

Como despetalar o sol

Sem queimar os dedos da mão?

Quem sabe na loucura, no auge

Da mais tórrida paixão...

Desobediente e mulher

Faço parte do Universo

Saber, essência, perfume

Mistérios em forma de versos!

Elaine Maria Goulart Nunes

Ara Azul

Ara Azul
Enviado por Ara Azul em 10/02/2014
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