MONALISA
Não persigo mais pegadas
Palavras, rezas, procissões
Mas ainda visto trajes ingênuos
Vestes comportadas de Monalisa
Cavalgo estradas vermelhas
Mãos firmes em loiras clinas!
À noite um fantasma sinistro
Vencendo os abismos do espelho
Na manhã derramando auroras
Fingindo que aceita concelhos!
Mas como ser uma nova cor
A perpetuar o arco-iris?
Quem sabe comover o infinito
Com o lamento de um violino...
Como despetalar o sol
Sem queimar os dedos da mão?
Quem sabe na loucura, no auge
Da mais tórrida paixão...
Desobediente e mulher
Faço parte do Universo
Saber, essência, perfume
Mistérios em forma de versos!
Elaine Maria Goulart Nunes
Ara Azul