O Galo e o Lírio
O galo amola seu esporão
No esmeril da aurora
Que vem com suas fagulhas
Multicoloridas
Espalhando faíscas pontiagudas
O galo desafia o sol
Com seu canto agudo
Orvalhado pela madrugada
Vai riscando o escuro
E vai pintando o amanhecer
Com seu bico e esporões
Afiados
Encara o olhar do espantalho
Que toma conta dos campos
De girassóis
Que vão acordando sonolentos
Tirando as estrelas
E o luar dos seus corpos
Sorumbáticos
E entra pelos cantos dos pássaros
Atravessando a cidade
Seus dois rios
E suas inúmeras pontes
De metais
O poeta fala deste canto
Que acordava seus versos
E levava seu velocípede
Para passear nas estrelas
Além de denuncias as falácias
E as traições suicidas
Tramados na madrugada
E riscar as janelas
Com esta aurora cheia
De cores
E um azul de gumes
Afiados
Vai acendendo o sol
As usinas
O verde dos doces canaviais
Enchendo os açucareiros
De açúcar branco
E cravando o lírio na lapela
Do fato de linho engomado...
Luiz Alfredo - poeta
O galo amola seu esporão
No esmeril da aurora
Que vem com suas fagulhas
Multicoloridas
Espalhando faíscas pontiagudas
O galo desafia o sol
Com seu canto agudo
Orvalhado pela madrugada
Vai riscando o escuro
E vai pintando o amanhecer
Com seu bico e esporões
Afiados
Encara o olhar do espantalho
Que toma conta dos campos
De girassóis
Que vão acordando sonolentos
Tirando as estrelas
E o luar dos seus corpos
Sorumbáticos
E entra pelos cantos dos pássaros
Atravessando a cidade
Seus dois rios
E suas inúmeras pontes
De metais
O poeta fala deste canto
Que acordava seus versos
E levava seu velocípede
Para passear nas estrelas
Além de denuncias as falácias
E as traições suicidas
Tramados na madrugada
E riscar as janelas
Com esta aurora cheia
De cores
E um azul de gumes
Afiados
Vai acendendo o sol
As usinas
O verde dos doces canaviais
Enchendo os açucareiros
De açúcar branco
E cravando o lírio na lapela
Do fato de linho engomado...
Luiz Alfredo - poeta