Apalavrado
As palavras sorvem o mundo.
derretem-se pela superficie de almas,
espíritos, corpos e coisas.
As palavras fonetizam o mundo.
As palavras imantam tudo.
símbolos, signos, marte e horizonte.
sentimentos, agnoses e até samambaias.
as palavras sorvem as pessoas
derretem-se essências vivas,
e na fusão do tempo.
unem genéticas, histórias e psiquês...
cores, flores e roupas.
Há primaveras implícitas.
Há verões tórridos e românticos.
Há invernos glaciais
que congelam nervos estressados,
almas retorcidas no pântano da desilusão.
Não tenho uma palavra específica
para você.
Tenho uma penca delas.
Tenho outono de folhas perdidas,
dançando ao vento
partindo da mira de meus olhos.
E acertando no envelhecimento de tudo.
As palavras poéticas é que valem a pena.
Tem peso, tem lirismo e descem pelas
vielas do coração.
Pranteam o que perdemos.
Suplicam perdão pelos nossos erros.
Mostram remorsos infindos.
E, a dor de não ter esquecido.
De jamais ter apagado
do HD mental...
a sua figura,
a sua criatura,
o seu toque e
tortura...
Pelo crime inverossímil
de amar e ser poeta...
as palavras são como deusas
caprichosas que
nos assaltam no meio
da noite escura.
E nos fazem acordar
escrevendo, escrevendo...
na busca da eternidade
sólida.
As palavras sorvem o mundo.
derretem-se pela superficie de almas,
espíritos, corpos e coisas.
As palavras fonetizam o mundo.
As palavras imantam tudo.
símbolos, signos, marte e horizonte.
sentimentos, agnoses e até samambaias.
as palavras sorvem as pessoas
derretem-se essências vivas,
e na fusão do tempo.
unem genéticas, histórias e psiquês...
cores, flores e roupas.
Há primaveras implícitas.
Há verões tórridos e românticos.
Há invernos glaciais
que congelam nervos estressados,
almas retorcidas no pântano da desilusão.
Não tenho uma palavra específica
para você.
Tenho uma penca delas.
Tenho outono de folhas perdidas,
dançando ao vento
partindo da mira de meus olhos.
E acertando no envelhecimento de tudo.
As palavras poéticas é que valem a pena.
Tem peso, tem lirismo e descem pelas
vielas do coração.
Pranteam o que perdemos.
Suplicam perdão pelos nossos erros.
Mostram remorsos infindos.
E, a dor de não ter esquecido.
De jamais ter apagado
do HD mental...
a sua figura,
a sua criatura,
o seu toque e
tortura...
Pelo crime inverossímil
de amar e ser poeta...
as palavras são como deusas
caprichosas que
nos assaltam no meio
da noite escura.
E nos fazem acordar
escrevendo, escrevendo...
na busca da eternidade
sólida.