Há quem cultive arroz e o faz por serventia e necessidade.
Há quem cultive uvas e o faz por gratidão e paciência.
Há aqueles que cultivam frutos diversos, pois é de agrado da terra,
Outros ainda cultivarão, trigo pela beleza e pelo corpo do pão morno.
Muitos outros nada cultivam e a tudo consomem,
Sem serventia, sem gratidão, sem agrado, sem percepção.
Tudo passa para os últimos sem memoria a ser registrada,
Sem nenhuma magica, sem nenhum pudor,
Sem tato, sem labor, sem palato.
Estes serões lembrados
Pela enorme fome
E pelo vazio nos orbes dos olhos.