Sou nada e sou chão
Nas pegadas de verão
Pisoteado pela lua nua e crua...
Tera-visão.

Coração em explosão
Diastólica e sistólica em efusão
Onde o amor não mais tem vazão...
Coração-chão.

Sou redoma dourada
Sem contaminação
Pois, fora blindada
Numa noite de verão...
Primavera-verão.

Minh\'alma vazia
Te cria no deserto de mim
Num oásis sem fim
Miragem de ti...
Imagem que habita em mim.
Tela-espelho.

Sonho de lugar-nenhum
Que nunca sera indiferente
Pois te vejo aqui na minha frente
No deserto que criei pra nós
Desert-habitat.

O trêm da vida acolhe na despedida
O coração triste do poeta
Que faz de seu escrever letras
Em meu viver...
Letras-vivas.

Sou nada e sou chão
Onde o sentir transborda em mim
E pra ti dou o meu coração...
Num plantar um roseiral no deserto
Em versos vivos sem fim.

 
Ray Nascimento
Enviado por Ray Nascimento em 22/01/2014
Código do texto: T4659490
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