no limiar da loucura
me encontro
entre o precipício e o risco;
quebrar vidraças ou pular edificios;
socar o chão até sangrar
sair do porão desassisado
e comer pão endurecido
desamanhecido,
no caos.
no limiar da loucura
ficarei até meu corpo carpir dobrado,
toda insanidade e cavalgadura
aprisionada e narcotizado
nos bancos e praças,
nos guetos e leitos,
em meio ao
liXão dos muNdos.
porém guardarei
na memória
um rastro dessa história
para que sirva de eixo,
e não seja subreptício,
alhures em outros gritos.
limiar cercado de venenos expúrios,
tatuados e expelidos na voz tresloucada
estampada na cara
disforme
da loucura...
Que não quer calar..
e não quer
me
deixar
Só.