no limiar da loucura

me encontro
entre o precipício e o risco;


quebrar vidraças ou pular edificios;
socar o chão até sangrar
sair do porão desassisado
e comer pão endurecido
desamanhecido,

no caos.

no limiar da loucura

ficarei até meu corpo carpir dobrado,
toda insanidade e cavalgadura
aprisionada e narcotizado

nos bancos e praças,
nos guetos e leitos,
em meio ao

liXão dos muNdos.

porém guardarei

na memória
um rastro dessa história
para que sirva de eixo,
e não seja subreptício,
alhures em outros gritos.


limiar cercado de venenos expúrios,
tatuados e expelidos na voz         tresloucada 
        estampada na cara

             disforme
                 da loucura...
                      Que não quer calar..
                            e não quer

                                  me   

                                    deixar

                                        Só. 



 

Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 17/01/2014
Reeditado em 25/07/2024
Código do texto: T4653414
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