INFINDAVEL

O que me traz o fim do dia?

Fugi eu da sina que me persegue?

Estanquei meu medo?

Só tenho perguntas esta noite

Daquele tempo tão antigo nada me resta

Calado!

Esta calado o coração que um dia pulsava

É sujo agora o meu tato nas coisas que amo

Tem cheiro de derrota

De horror...

De distancia!

Quem percebeu que as coisas mudaram?

Que o brilho no olhar hoje é tão pálido!

Que a lagrima nos olhos hoje é tão longa!

Que o que se tem é medo travestido de coragem

Que a fé acabou?

É quando as palavras tecem palavras que eu acordo!

Inúmeras e tortuosas redes enredando diálogos subentendidos

Ninguém quer falar de amor na escuridão

Ninguém mais sabe amar de olhos fechados

Ninguém sabe amar?

No firmamento em algum lugar que não posso ver repousa a estrela

Passa o cometa...

Flutua o satélite?

Observa impaciente a forma de vida que somos?

Microscópios alienígenas a nos fitarem

Experiências selvagens a lutar e labutar em tubos de ensaio...

Somos nós?

Ele é Deus?

Eles são deuses?

Em que você crê?

Não tem lua no céu hoje pra me ver chegar

E cheguei só

A minha volta as mesmas coisas de sempre

Em minha mente universos infindáveis a explorar

Permiti-me sorrir.