UM AMOR DE
FARWEST...



Gira de novo o carrossel
dos anjos
numa velocidade ainda
maior
e os cavalinhos estão todos
ocupados.


É preciso esperar a vez...
o momento certo,
mas tenho paciência
e sei esperar
até que a noite nao me
engula de vez..


Momentos de prazer...
esse cavalgar
nesse sobe e desce bem
inventado
que imita um galopar
tão prazeroso !


Ela então pega seu ginete
e monta,
mas eu nao monto e fico
olhando,
porque no meu olhar
só a ela quero ver.


E vai e galopa...girando...
girando
e sobe e desce ...e sobe
e desce....
agora ela acena...com seu
lencinho vermelho-country.


E então penso que estou
no faroeste,
e ela é a justiceira...
mesmo sem revólver
porque nem precisa :
basta olhar e  já se fica
preso nos seus encantos.


E se alguém cometer
um deslize...
mesmo que seja
insignificante...
ela só olha...ela só olha...
e se diz :
ah...esse não escapa...
esse eu pego, vai ver só !


Pronto...esse eu peguei...
peguei...
mas esse...esse...é difícil
de dominar
e levar ...como um
cavalinho para a baia.


Suspiro em paz...ela e seu
carrossel !
E eu nem sei onde perdi
o anel !
Isso que dá na língua ter fel
antes do mel.


E é por essa razão que
me dá seu mel
para que eu me cale...
e me adoce todo
pois é melhor adoçar...
na hora de amar.


Ah...esses carrosséis...
até faroeste  o meu amor
pratica...no carrossel.


E de repente....
Bum...bum...bum...
o forró começa !!!!


Os cavalos partem...
é a São Silvestre dos
cavalos.
Eia ...eia..eia...
Que cavalo ganhou ?


Ei...para aí...ohhh...a São
Silvestre nem começou, sô...
Nem há corrida de cavalos.
E nem há carrossel.
Fica aí inventando, sô...


Ufa...ainda bem....
pensei que havia perdido
o meu anel, rsrsrs.


Cássio Seagull
em 28-12-13 SP