A JOVEM E O SÂNDALO...
Falei ao vento, que não esqueço de você...
Ele perguntou-me:_ Que mensagem queres que eu leve?
Eu disse:_Leve o cheiro do meu perfume, talvez ela se acostume.
O vento saiu em redemoinhos, cruzando colinas e montanhas, e
quando a viu, despejou a doce fragrância, e ela nada sentiu...
Furioso, bradou o vento:_És louca sem olfato, que não sente o perfume do amado?
Ela retrucou:_Quem é o meu amado? Faça-me conhecê-lo, não quero perdê-lo!
O poderoso vento a envolveu num tornado e jogou-a no campo de sândalos.
Ela atônita perguntou:_Cadê o meu amado?
O vento falou:_Está no chão em pedaços
Ela em prantos, gritou:_Não me engana, um sândalo não fala e nem se apaixona.
O vento em forma branda, balbuciou:_Quando passeavas neste campo durante a primavera, eu estava de forma branda entre eles, e vi quando você o tocou, o amou e elogiou o seu cheiro. Quando ele me pediu para levar o cheiro à você, tive que despedaçá-lo...ele sorriu e assentiu, este é o amor do sândalo, que tem até mesmo o costume de perfumar o machado que o fere.