dois litros de vinho

*

espio pelo olho mágico

nada há

senão breu somente o

vazio do prédio cheio

de ninguém todos

mortos

breu

tranco tudo com chaves e

cadeados é inútil o breu entra

por baixo da porta pelas

janelas escorre pelas

torneiras chuveiros arde nas

bocas do fogão canta nas

ondas de rádio grita nos

canais de televisão

*

quando me

possuirá não sei

mas

não antes de terminar meus

dois litros de vinho

*

geovanne otavio ursulino
Enviado por geovanne otavio ursulino em 16/12/2013
Código do texto: T4613555
Classificação de conteúdo: seguro