ESCULTURA

Nasceu, cresceu... deu um passo e outro

ocultou-se no ventre do tempo novamente,

renasceu, iluminou-se nas auroras,

foi raiz e fóssil da esperança e do sempre,

caminhou peregrino em busca de si mesmo,

para tornar-se um só em corpo e alma,

e mendigo permaneceu na estrada,

abscesso da felicidade,

cúmplice do inexistente,

essa força estranha que perdura,

que se perpetua pela noite adentro

na imensidão da dualidade ilimitada

do coração.

Sonho, sonho!

Quem te esculpiu em mim

para que eu te necessite

eternamente?

(Direitos autorais reservados)

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Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 11/12/2013
Reeditado em 15/12/2013
Código do texto: T4607014
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