Usando
a máscara
do medo:
não perpasso
não transcendo:
apenas passo
não vicejo.
Mas, ela um dia vai cair:
no abismo talvez,
num céu de anil,
Ou embaixo
dum fuzil.
Mas, ela um dia irá ruir:
talvez quem sabe doa
talvez quem sabe moa
ao triturar sentidos...
Mas, ela um dia vai ficar:
com a tua cara
com a tua essência
mesmo que não queiras.
Então, terás a certeza:
viverás sob chuvas
de medos...
de ideias
tão frias.
Nessa odisséia
desvairada
de máscaras
quebradas
incertas
iradas
semi-abertas
logradas
no sinal
fechado
do nada
por nada
e ficarás
no pó
sem teto
no submundo
sem tudo
ou quase nada!