Pétalas e grãos de areia
Pétalas e grãos de areia
A suavidade da pétala da flor,
Resultado imprevisto de um enxerto carnal,
Foi introduzida na meiguice, no amor
Na alma grande de um pequeno vendaval.
Lançou ao mundo seus pequenos grãos de areia,
Que encontrando os vilarejos distantes,
Em habitantes visionários permeia,
Fazendo praia, se dispondo aos navegantes.
A semelhança com as flores o açoitava,
Pois desejava ser mais que só macio.
Queria o toque enluarado que doava.
Queria o canto, o encanto, o brilho...
E como lenda um encantador de ventos,
Chamando o vento do norte ao sul.
Trouxestes junto o vendaval sereno
Que entristecido vagava o céu azul.
Foi lá então que encontrou abrigo,
Pelos campos de rosas perfumadas
Espalhava o perfume, embriagava amores
Encantava os beijos das moças apaixonadas.