Sou montanha
rochosa distante
que lá do alto
resiste e insiste
coexistir.

Montanha que,
pesa pesa muito
além do que eu
um dia...
pude sentir.

Sou montanha
pedregosa
acinzentada
se reflete
 se derrete...
em nuvem
passageira.

Sou montanha
pontiaguda
se mostra
 fere...
se esconde
na imensidão
labiríntica
 antrópicas
de ilusões.

Montanha firme
frágil, por vezes,
 se desenha
  nas teias
da imaginação...

Montanha que,
aprisiona-me erosiva,
infértil e atróficas,
nas áreas deste coração.

Que chora cascateante...
lambendo as pedras
rochosas
que se formam
além do horizonte...

Horizonte equidistante
sonhos e demônios
que vigilam
forasteiros.

Montanhas que,
incompreendidas
ora decompostas,
se desfazem,
perdidas...


Montanhas que,
em alerta - refeitas
 des(construídoras)
de outros tantos,
des(caminhos)...

Nos sinais...
montanhescos
 não se curvam
se turvam
insólitos,
mutiladores
dos
eus e mins
atemporais
aprisionadores
olhos...
que perdem
 além do horizonte
montanhesco
 coabitante
 dos
meus
infinitos
mins!

 
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 17/11/2013
Reeditado em 12/01/2014
Código do texto: T4574406
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.