Teu pesadelo, Eu
Meus versos te pertencem amor meu que não conheço
Estranha forma que desenho sem medo, sem nexo
Eu, que em tua leve e estranha memória amanheço
Me encontro no meio de um sonho que nunca quis ter
Sem nenhuma lembrança do hiato que vivemos
Canto e toco canções douradas para o sonhado amanhecer
No meio de redes, letras, abismos, monstros e vampiros
Sou pequena, mínima, arrogantemente insignificante
Sou o “mote” para outros versos que eu mesma inspiro
Quem sabe o teu pesado tão leve e tão constante?
Linda interação poética de meu querido amigo Jayme O Filho:
Breves, momentos leves, como neve, acariciam,
Sonhos, se permitem estreitos, como nuvem, extasiam,
Dores, de muitos sabores, como névoa, silenciam,
Amores, de um sonhador, como quimera, se distanciam.